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A vida é mesmo cheia de altos e baixos; e não falo de estatura.
E por que digo isso; precisamente porque a história nos mostra que a Evolução humana – e nisso há controvérsias, não pela constatação histórica, mas no que diz respeito à evolução humana – se dá por uma sucessão indefinida de progressões e involuções. E, senhores, sinto informar que aparentemente uma grande parcela daqueles que integram a nossa espécie – e é relutante que admito a anomalia social ao gênero humano – tem regredido significativamente na hora presente no que diz respeito à consciência e ao bom senso.
Após a Idade Média, plena de barbárie e estupidez, vivemos o “obscurantismo” dos tempos modernos; onde a ignorância mais legítima (ingênua e desconhecedora de si mesma), substitui-se por um “interruptor moral”, pelo qual a capacidade de raciocínio e a lógica são ativados ou desligados ao seu bel prazer como num clic:
Um sujeito esboça o que se pode entender por um pensamento, e então “pondera” consigo mesmo: Acho isso idiota. Mas, pensando bem, fulano trás, cicrano faz e beltrano perfaz! Ora, se a vaca vai, por que o boi não iria atrás?!
E, aos que porventura se perguntaram, aqui se explica o título do post.
E assim – logicamente não com esta elaborada linha de raciocínio –, mas por vias mais simplórias, segue o mais novo fulaninho os passos do “fulano de tal”; que mais do que nunca vai se achar “o tal”.
[Aqui temos um grande exemplo dos feitos que a estupidez é capaz de empreender. Não se sabe se por mórbida preguiça ou se por um extremo e tolo capricho, mas de certo que para a sorte do mundo não passa de uma estranha e feliz coincidência:
Ao menos três imbecis se juntam (o terceiro subentende-se pela mão que segura a garrafa, à direita da imagem) e decidem após entrarem em consenso: Ei! vamos todos experimentar o inexperimentável; desafiando as leis da física aos limites de nosso próprio corpo! E quem sabe assim, entre um gole e outro, entre umas e outras cervejas, não evitemos que morramos todos eletrocutados?! E tudo em nome da conveniência!!!
Pequeno detalhe, coisa pouca, besteira, bobagem… é um risco que se corre. Afinal, de antemão, nos precavemos do iminente perigo e tomamos todas as precauções possíveis e imagináveis!
Segundo um amigo meu – que espero em breve colabore neste blog – certamente mais bem informado do que eu, observou, que em se tratando de uma piscina, é quase certo que a água estivesse bastante clorada; o que aumentaria ainda mais a condutividade à corrente elétrica – vivendo e aprendendo; eu faltei a esta aula de química. E isso serve a reforçar a idéia de que estes intrépidos aventureiros levaram tudo isso em consideração quando decidiram levar sua empreitada a cabo: temos energia elétrica, temos nós as cobaias, uma piscina transbordante d’água… e deixa ver… ah, sim! Temos água quase que supercondutiva! – exagerações a parte.
Certamente que este pictórico quadro, quase mítico, daria uma ótima ou coerente campanha de marketing para a indústria de bebidas alcoólicas, e em especial a cervejeira! De certo que não seria lá muito rentável, mas sem sombra de dúvidas seria bastante didática…]
Tudo isso me leva a concordar em gênero, número e grau com um autor contemporâneo francês, muito influente em seu tempo e ainda hoje; quando diz: “A nossa espécie é evidentemente defeituosa e, ao ouvir falar e ver agir a maioria dos homens, parece que não têm bastante razão para serem seriamente responsáveis”. Mas tudo que venho de dizer não passa de mera especulação e teoria; é só coisa da minha mente insana.
Para quem percorre estas primeiras linhas, em uma primeira análise parece que quem escreve essas coisas segue uma linha separatista. Bem, que seja! É um fato que não pertenço a esta classe de pessoas; e antes de tudo, os mesmos não me admitiriam entre os seus.
[Aqui outro interessante exemplo, só que agora a propaganda se aplica à indústria do entretenimento: Uma mulher – simpática até, apesar de besta – entretém seu público, que me arrisco a dizer quase convicto do acerto, que se trata de uma platéia bem numerosa. E levando-se em consideração que alguém um pouco mais inteligente ou ainda mais correto seria dizer, menos burro, faria algo totalmente diferente do que a mesma faz – e não quero dizer que se devesse fazer exatamente o inverso, isto é, abocando ridiculamente a cocarra do animal; mas sim, que poria a sua cabeça sobre a mandíbula do crocodilo, e não o contrário. Por mais desinformado que seja, quase todos já ouviram falar mesmo por alto que o crocodilo tem uma das mandíbulas mais poderosas do reino animal, mas apenas na mordida; em movimento inverso sua bocarra é praticamente inofensiva.
E digo isso unicamente a fim de tentar – obviamente por uma tentativa frustrada – amenizar a situação da pobre; mas no fim das contas todas essas grandiosas invencionices não passam apenas de idéias de jerico. Logicamente o mais sensato a se fazer seria manter uma considerável distância da besta mitológica!
Mas quem pagaria hoje em dia pra ver uma mulher, por mais que franzina, fechar a boca do referido réptil? Logo, como a maior parcela da população mundial é ainda composta por católicos, a massa quer mesmo é assistir ao entretenimento dos deuses do Olimpo (nenhum erro até agora, afinal os deuses são a única coisa em comum entre gregos e troianos! Assimilados mais tarde à mitologia romana). E então bradam em uníssono, os fiéis espectadores do Coliseu: os cristãos aos leões! – embora a moça me pareça mais inclinada ao budismo. Assim sendo não se ameniza o seu caso, e muito pelo contrário só se agrava: não fosse “salva” pela besta fera que se lhe aboca a cabeça, então diriam todos, como ao coro da vulgar cristandade: a bruxa ao fogo!
Mas ainda assim não seria grande perda pr’um pescoço que já não sustem uma cabeça já faz algum tempo.
E assim vemos que além de incrivelmente irracional o ser humano é também terrivelmente sádico! Agora fico matutando cá com meus botões: se um fio de cabelo de suas negras madeixas orientais se desprende e caí, o que aconteceria acaso um crocodilo, e um com tamanha corpulência, espirrasse; ou mesmo se sentisse cócegas no céu da boca?]
No entanto devo admitir que já me ocorreu o desejo de ser mais um na multidão dos conformes e dos conformados. Sim, confesso; a idéia de ser um completo idiota me pareceu ser bastante atraente por um momento. A bem-aventurança de nada saber e de em quase tudo crer; como quem crê nas mais novas promessas políticas de velhos e bons demagogos, como os crentes do Evangelho de Judas Iscariotes; ou como quem crê em milagres e em milagres operados por fementidos fiéis, justificados todos por Simão, o charlatão, ou mesmo pela jumenta de Balaão!
E os exemplos da tolice humana são inumeráveis… e só me basta dizer que, em resumo, a ignorância me encheu os olhos; olhos estes, cansados de ver tantos absurdos. Quanto aos ouvidos, como lá e cá ainda nos resta, de todo e de resto, a boa música, preferi continuar ouvindo asneiras e a onipresente poluição sonora a ser surdo.
Sim, lá no fundo, e bem no fundo mesmo, os ignorantes são mais felizes! Por mais que os sábios e os presumidos se gabem do contrário. E assim, como ao gosto divino somente há sabor no frio ou no quente, ao morno resta à sobra. Logo, como não me presumo sábio e nem me julgo tolo de todo, optei pelo caminho que me pareceu mais largo e fácil; muito embora tal senda conduza ao inferno…
Sim, os ignorantes são felizes, ditosos e venturosos! E como testemunha e reforço ao que ora falo, eis o que diz alguém mais capaz que eu, mero mortal: “Porque na muita sabedoria há muito enfado; e o que aumenta em conhecimento, aumenta em dor”. Ora, quem diz? Senão o mais sábio dentre os homens, o próprio rei Salomão!
Do que há de se queixar e com o que há de se preocupar uma mente vazia, que nada pensa? Ingenuidade por inocência, como alternativa nos restaria a infância, caso esta não tivesse seu cabo à adolescência. Ah, bendita e maldita adolescência! É nela que, entre o ebulir dos hormônios e o aflorar do vigor físico e sexual, manifesta-se timidamente o gênio mais altaneiro como, em contrapartida, descaradamente a necedade mais vertiginosa.
Na verdade, se pararmos pra pensar, constataremos que os maiores prazeres da vida
– e me refiro única e estritamente a esta vida, a terrena; e que me perdoem ou me engulam os céticos – estão nas coisas mais banais, imbecis ou politicamente incorretas. A título de exemplo, e racionalmente falando, existe coisa mais nojenta e esteticamente ridícula do que o coito, vulgo ato sexual? Fora dos alcances de nossa natureza instintiva, tudo é patético e grotesco. Mas nosso lado animal, que há muito devorou o racional, adora e “ama muito tudo isso”; acha gostoso, lindo, fantástico e atraente! Isso “desperta em nós os instintos mais primitivos” – que o diga Roberto Jefferson; ou seria Bill Clinton…
Sendo assim, todo homo sapiens que se preze, por mais culto que seja, para fruir das alegrias dessa vida de ilusões e vãs efemeridades, deve ter ao menos um traço de loucura e estupidez; ao menos um desejo ou uma paixão; um credo ou uma esperança! Se o sábio vivesse só de razão, logo a vida lhe pareceria completamente insípida, insossa e desenxabida – com o perdão da redundância, é claro; e já não quereria mais viver.
O referido sábio bíblico, a exemplo de seu pai, o rei Davi, tinha nada mais nada menos que setecentas mulheres, princesas, e trezentas concubinas; e, como era esperado, suas mulheres lhe perverteram o coração…
Pra finalizar esta postagem de estréia, devo dizer que, no fim das contas, me dei conta de que a minha idéia tola de ser ignorante me pareceu tão estúpida que por um breve instante me dei por satisfeito: pronto, está feito; não fui feliz, mas ao menos me fiz de contente! De bobo alegre que sou, no fundo no fundo fui um grande idiota!
[Aos leitores que acaso manifestem o duvidoso desejo de seguir acompanhando os post’s do blog, desde já digo que me esforçarei dentro do possível para publicar postagens menores que essa coisa enorme de grande!]
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